sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Tecnologia

Qual vai ser o futuro da tecnologia?
Vai trazer a paz ou mais conflitos?

Incógnitas

Amor
O que é amor?
Diferencie-me de paixão

Vida
O que é vida?
Diferencie-me de ser vivo

Felicidade
O que é felicidade?
Diferencie-me de alegria

Tempo
O que é tempo?
Parece mais uma ilusão!

Como as pessoas podem dizer o que sentem
Se nem ao menos sabem definir o que estão dizendo?

Como as pessoas podem afirmar uma coisa
Se nem conseguem distinguir uma coisa da outra?

Parece que algumas coisas realmente são indefiníveis
O pior é que há uma cadeia tão grande de respostas que parece nem haver resposta
Apenas um avulso, um avulso tão visível
Que tudo se torna sensível
Mas não compreensível

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O ateísmo e o teísmo...

Você só acredita quando vê, porque você só acredita no que vê.
Você vê o que acredita, porque você só vê quando acredita.

Negócio

Indago se ócio gera mais ócio.
Indago se paixão pode virar amor            
Ou se amor pode virar paixão.
Indago se estudar traz duma associação, uma indagação.
Indago se dignidade ainda existe
Mesmo com toda a falta de respeito e de consciência.
Indago se tempo existe
Ou se é uma mera ilusão.
Indago se liberdade ainda existe
Mesmo em um lugar onde pobres não deixam de ser pobres.
Indago se ócio ainda existe
Mesmo em um lugar aonde compreensão, respeito, tempo e liberdade não existem...

domingo, 16 de outubro de 2011

Eu Etiqueta (Autor: Carlos Drummond de Andrade)

Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comparo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Terrorismo

O ataque terrorista ocorrido em setembro de 2001 foi o maior da história?! Então, se as bombas nucleares arremessadas no Japão não forem terrorismo, eu não sei mais o que é terrorismo...

Queda (Autora: Sara Régia)

Lá estava ela, parada, imóvel, observando o abismo sob seus pés, ela o encarava de uma forma como se ele pudesse lhe dar as respostas que tanto procurava.

Sorria sarcasticamente, muitas vezes, olhando para o céu, como que o culpando por todos os desastres em sua vida, não sentia raiva, tristeza apenas e talvez deixada de lado.
Era chegada a hora, ela aproximou-se da borda do penhasco, abriu os braços deu um leve sorriso e deixou-se cair.

Ali, no meio do nada, enquanto ia de encontro ao chão, passando por uma barreira de ar, para sua última aventura, sentia-se feliz, mais feliz do que estivera em toda a sua vida, e pensando nisso começou a passar-lhe pela mente todos os momentos que a levaram até ali, todos os seus sofrimentos, todas as pessoas que nunca a amaram, todos os seus enganos, todas as suas ilusões, refletiam-se em lagrimas que saiam de seus olhos e eram arrastadas bruscamente pela força do vento.

Parecia que estava voando, e na hora não houve impacto, lá no chão quem a olhasse não veria sangue, não veria sofrimento, não imaginaria se quer que tivesse naquela cena alguma dor, pois naquelas feições havia somente uma garota, linda, pálida, sorridente e morta.

Skholé

Absorve-se

Finge-se

Coisa-se

Para quê decorar tudo
Se só vou para escola adquirir experiências?
E como vou adquirir experiências
Se no fundo não estou aprendendo?

Matemática e física
Os professores estão ali somente para passar fórmulas
Sem fazer-nos que interpretemos sobre o assunto...
Os professores querem alienar-nos?
Ou será que escola perdeu o significado?

Biologia e química
Utilizam do positivismo para defenderem teses...
Mas quando perguntamos sobre a origo de alguma coisa
Não sabem defendê-la...
Seria alienação dos professores e que é passada para os alunos?
Ou será que escola perdeu o significado?

Enfim,
O resto é resto...
Só espero que a alienação torne-se isso, o resto...