Seria deixar de ser uma criança e tornar-se um adulto para continuar a amadurecer ou seria deixar de ser uma criança e tornar-se maduro para tentar compreender? Uma incógnita que independentemente da resposta termina sempre no mesmo fim.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
A realidade
Parece que as pessoas perderam noção de tempo e espaço
As pessoas procuram exibir-se
Desvalorizando o que são
Valorizando o que têm
As pessoas confundem conversam com troca de mensagens
Esquecendo do contato físico
E valorizando o significado de efêmero
Parece que o mundo se perdeu
Voltar no tempo
Impossível!
E ir para o futuro através de um movimento retrógrado
Realidade!
As pessoas valorizam o sensacionalismo
Esquecendo a essência
Parece que tempo virou uma coisa efêmera
E realmente o amor virou paixão
A vida, ser vivo
O tempo, uma ilusão.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Cequisito
Para que olhos
Se ninguém enxerga?
Para que boca
Se ninguém fala?
Para que cabeça
Se ninguém pensa?
Para que pulmão
Se ninguém respira?
Para que estômago
Se ninguém come?
Para que rins
Se ninguém é limpo?
Será que não precisamos de órgãos?
Ou será que realmente precisamos?
Sento-me. Inspiro. Expiro. Relaxo. Escoro um dos braços numa mesa. A mesa mais próxima, claro! Ponho minha mão no queixo. Reflito. O que faço aqui? Qual vai ser meu futuro? Por que estou aqui? Será que tudo é ilusão? Será que eu sou a ilusão?
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
As células
No mundo só existem células
Células para todo canto
Células que só vão e voltam
Cada uma com sua função
Existe glóbulo vermelho
Com função de transportar
Existe glóbulo branco
Com função de defender
Existe plaqueta
Com função de reconstituir
Cada uma com a sua função
Preso ao que faz
Ao que é
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Paixão e não amor...
O sexo, assim como a paixão, são desejos. Desejos são efêmeros. Então, o “amor” também se torna efêmero.
O lado bom da angústia
Eu ajo como pessoa porque devo agir como pessoa
Eu penso porque penso muito
E penso muito porque é meu dever
Penso porque é assim que formo um sonho
Um sonho, um sonho que se humaniza
Sei, hoje, que amor não existe
Porque foi capitalizado
Tornou-se um momento na vida
É por isso que hoje se fala em paixão
E não em amor
Quero pensar
Quero amar
Vivo frustrado porque tento aprender
Essa frustração, frustração boa
Que me dá uma luz para aprender
Uma espécie de Monalisa sentada numa cadeira
Vendo o mundo de forma diferente
E não indiferente
De forma cega?
De forma diferente.
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